quinta-feira, novembro 27, 2008

Travessia Moscatel Semillón 2007

Este vinho chamou a atenção na prateleira do supermercado pela composição que a Concha y Toro testou no Chile: Semillón e Moscatel.
A cor é amarelo com tom bem verdeal. O aroma tem boa intensidade, característica da moscatel. Realmente, fez referência a experiências anteriores com a uva. Tem um químico que de vez em quando aparece, acabou lembrando (desculpem-me mas foi o que veio à tona mesmo) detergente de maçã. É fresco e apresentou algum floral que a Queisse definiu como lírio.
A boca é bem ácida no início, o que agrada. Tem um peso no meio de boca, na língua. Aqui a doçura da moscatel foi diluida pela Semillon e mesmo assim mela o palato. O fim de boca não é dos mais elegantes, para mim fica algo que me incomoda, contudo não chega a ser amargor.
Um vinho simples e diferente, que alguns irão gostar e outros não. Não chega a ser um vinho de sobremesa, todavia pode matar uma refeição delicada por causa de seu corpo. Concluí que o melhor é prová-lo sozinho ou acompanhando um patê, pois tem gordura para enfrentar o "peso" do corte. 12,5% de álcool. R$22,98 no Condor Boa Vista. VV!80.

sábado, novembro 22, 2008

LATITUD 33 MALBEC 2006

Este foi o vinho de novembro da Confraria Brasileira de Enoblogs.
É um mendocino feito pelas Bodegas Chandon da Argentina. A cor era um violáceo, que me remeteu ao púrpura. Gostei muito dos aromas. É fresco, lembrou tabaco, tem um doce a chocolate e pimenta preta.
A boca melhora muito e merece trinta minutos de vinho aberto para ser consumido. Mesmo após evoluido, não correspondeu ao ótimo olfato. Considerei o corpo muito fraco. É apimentado, doce e tem agradável maciez, mas que é ofuscada tanto pelo desequilíbrio como pelo amargor final. R$19,90 no Big Boa Vista. VV! 80.

SANTA HELENA CARMENÈRE MALBEC SIGLO DE ORO 2006

No post anterior, havia provado este vinho muitas horas depois de sua abertura.
Resolvi prová-lo normalmente. Abri a garrafa e aguardei os 20 minutos mínimos para iniciar seu consumo. Fiquei decepcionado.
Durante a hora e meia em que tive o vinho na taça havia um aroma incômodo de mofo, de algo que estragou por humidade. Eu diria meio mofado, meio herbáceo.
Remete-me, então, a duas hipóteses: ou peguei uma garrafa ruim, ou é um vinho de "dia seguinte". Uma pena.

domingo, novembro 02, 2008

Santa Helena

Tive oportunidade de tomar dois vinhos da Santa Helena oferecidos pela Regina. Tomamos primeiro o Santa Helena Carmenère Malbec Siglo de Oro 2006 e depois o Santa Helena Carmenère Reservado 2007. Ressalto que o Siglo de Oro foi aberto na noite anterior e o tomei no almoço do dia seguinte, algo como 16 horas depois. Ainda que a garrafa tenha sido conservada em geladeira e bem fechada, faz diferença.

SANTA HELENA CARMENÈRE MALBEC SIGLO DE ORO 2006
Mesmo com tanto tempo aberto o vinho estava muito interessante. Apresentou boas frutas veremlhas, rumando para geléia de fruta. Uma baunilha no pano de fundo com pimenta preta fechando a composição. A boca é de razoável para boa, com uma leve sensação de cera no meio da língua. Como foi provado tanto tempo depois de aberto, é possível que o chocolate e o tostado, alguns dos aromas sugeridos pela vinícola, sejam encontrados ao abrir. Eu não encontrei.
Já tinha ouvido por aí que os Malbecs do Chile eram interessantes e, de fato, esse corte ressaltou aspectos positivos das duas variedades. 13,5 % de ácool. R$22,00 no Mercadorama Seminário. VV! 83.

SANTA HELENA CARMENÈRE RESERVADO 2007
A linha reservado é um patamar anterior à Siglo de Oro em termos de qualidade. Este realmente é um pouco inferior. Apresentou boa geléia de fruta no nariz. Aquele incomodozinho na língua é mais proeminente e tem mais calor em boca, algo que não me agrada mesmo. Vale pelo preço, mas vale mais ainda gastar R$4,00 e subir um degrau comprando a linha Siglo de Oro da Santa Helena. 13,5% de álcool. R$17,90 no Mercadorama Seminário. VV! 81.

Outras postagens sobre Santa Helena tintos:
IV Degustação Viva o Vinho! – CARMENÉRE
Santa Helena Reservado Cabernet Sauvignon 2004
Santa Helena Reservado Merlot 2003

Nota: Chamo a atenção do consumidor curitibano para a grande diferença de preços nos vários super e híper mercados da cidade. Tenho visto o mesmo vinho variando de R$18,00 a R$28,00. É um crime! O pessoal está reajustando em função da alta do dólar, mas não acredito que os consumidores comportem tamanha discrepância.
Por ora, continuo zapeando os preços das áreas de vinho sempre que entro nos mercados, pois ainda tem preço razoável por aí.