quarta-feira, novembro 03, 2010

FÉRIAS EM CWB

Depois de longo inverno, nesta longa adaptação ao Rio de Janeiro, enfim uma postagem.
Não paramos de beber o líquido sagrado, claro.
São muitos vinhos na Lidador Copacabana e outros tantos nos almoços de sexta-feira com um grupo de apreciadores muito especial.
Como estou de férias em Curitiba, vamos aproveitar para postar durante a degustação na casa de meus pais. Férias, cabeça fresca, o ambiente familiar; só faltava o blog.

DAL PIZZOL TOURIGA NACIONAL 2008 "200 ANOS"
Homenagem não muito conveniente aos 200 anos da vinda de D. João VI ao Brasil. Mais parece um oportunismo de merchandising para lançar um vinho de uva típica portuguesa em território brasileiro.
Irrelevâncias a parte, uma ótima ideia da Dal Pizzol plantar Tourigas por aqui.
Ruby com toques violáceos, aromas puxando a ameixas em calda e geléia. Bom corpo, taninos interessantes e bela acidez. Por óbvio, sem a mineralidade portuguesa, porém a alta acidez do solo sul brasileiros caiu muito bem na touriga nacional.
Final longo e correto. Ótima relação custo-benefício. Recomendado. 13% de álcool. R$27,90. VV!85

VIÑA SALORT SYRAH-TANNAT 2006
De um tannat uruguaio esperamos muita volúpia, corpo e presença. Num corte com Syrah, então, ... Infelizmente este aguadão de importação do Angeloni foi completamente reprovado.
Já começou pelo aroma de madeira forçado, dando impressão daquela prática reprovável de uso de chips de carvalho.
Em boca - a última esperança - a mesma impressão de madeira mal-acomodada e confirmada pela falta total de corpo. Não tivemos dúvida nenhuma em descartá-lo sem cerimônias, esvaziar as taças e passar para o próximo vinho. Admirou-nos que tenha, de fato, conquistado medalha de ouro no IV Concurso Internacional de Vinhos do Brasil, o que mostra o olhar crítico que devemos ter com esses prêmos. 13% de álcool. R$29,90. VV!72

DON DAVID MALBEC RESERVE 2005 Michel Torino
Algum preconceito meu com a vinícola Michel Torino foi diluído na boa experiência com este Malbec do Cafayate, em Salta. O vinho feito no norte da Argentina já começou com forte presença aromática de boa madeira e leve evolução benéfica.
Cor com tons violáceos. Aroma com aspectos químicos no início.
Merece tempo aberto para o oxigênio fazer seu trabalho. A fruta mostrou-se doce e um frescor ganhou o nariz.
Bom corpo, taninos macios, com final redondo e fresco, quase chegando às desejadas notas mentoladas. 13,6% de álcool. VV! 86