Madero - O melhor hambúrguer do mundo
Aproveitando nossa viagem à Curitiba, fomos comer o super chesseburguer clássico gourmet do Madero. Feito com salada orgânica, carne de primeiríssima, pão especial fantástico preparado na manteiga, fogo forte para a sensação tostada por fora e vermelhinho dentro, 260g de hambúrguer com um preparo super especial: o sal é mais grosso e diferenciado e não vai farinha(deve ser pão). Tudo com o rigor do Chef Junior Durski.
Os aromas daquele mega cheeseburguer, os sabores dos vegetais orgânicos, hummmmm. Quem não gosta de tomante prepare-se: aquele tomate é fruta de uma categoria própria. A cebola assada é incrível. Cada pedaço e cada combinação diferente entre os ingerdientes são uma experiência gastronômica própria.
Esqueça os fast-foods. Para cada duas idas a qualquer deles, poupe seu organismo da gordura (e seu dinheiro) e vá uma no Madero. Você será uma pessoa mais feliz, tenho certeza.
Pense num restaurante fino, com todo o serviço adequado, adega de vinhos e etc... e que serve hambúrgueres.
- Ah, vinho e hambúrguer não combinam muito - você pode afirmar.
- Não mesmo! - é a minha resposta.
Mas dá para tomar o vinho antes, ficar só na água durante a refeição e voltar para o vinho depois. Talvez malbec ou tempranillo até funcionasse... talvez. Às vezes, o importante é curtir o que é bom sem esquentar demais a cabeça com regras.
Urban Blend Valle del Maule 2008
Se eu dissesse só nome do produtor aqui, dispensaria mais comentários: O. Fournier. Já que sou um chato prolixo, falarei dele.
É um blend com quase metade de Merlot, um bom percentual de Cab Franc, algo de Carignan e uma pitada de Cab Sauvignon.
Um padrão em minha vida no vinho é que o bom blend sempre brinca comigo a noite toda. Impressionante. Dá uma pesquisa para os químicos: Será que as variedades de uva volatizam diferente?
Deixando a ciência de lado, o fato é que esse vinho começou doce, com chocolate, couro, e aroma super fresco da merlot chilena. A boca redondinha, taninos corretos, acidez ótima e a estrutura da Cab Franc fechando o conjunto.
Depois, veio uma especiaria que tomou conta e terminou docinho, com o couro só na memória. Uma delícia. Um custo benefício incrível.
A O. Fournier faz a linha Urban com várias composições em localidades diferentes tanto no novo como no velho mundo. Este chileno está aprovado. 14% de álcool. R$59,00 no Madero (Você pode encontrar por R$40,00 em lojas).
sexta-feira, dezembro 31, 2010
quinta-feira, dezembro 30, 2010
Guardar ou não guardar: questão de qualidade
Um dia houve um mito que dizia ser bom o vinho tinto envelhecido. A literatura especializada já preveniu-nos que, para ser um vinho de guarda, é necessário que o produto tenha algumas características especiais. Não sendo o caso, o melhor é beber logo mesmo.
Não é necessário sair abrindo os tintos nacionais, os malbecões argentinos ou os bons cabs e merlots chilenos de 2010 com urgência no ano novo.
A maioria com 3 anos está muito bem; muitos com 4 anos estão melhores; e alguns chegam aos 5 anos fazendo a felicidade do enófilo por terem sido esquecidos no fundo da adega. O vinho comum não passa muito disso.
Em qualquer parte do mundo teremos exemplares para mais fôlego. Para os melhores (e quase certamente mais caros) de cada região o céu é o limite. Alguns chegam à plena forma aos 10 anos, outros aos 20, os fora de série ...
Toco no assunto por causa de um Santa Ema Cab Sauv 2004 que abrimos ontem, em casa de meu pai. Seis anos de vida completos para um vinho na faixa dos R$35,00 foi um pouco demais.
SANTA EMA CABERNET SAUVIGNON 2004
Tenho certeza que o chileno do Maipo foi um ótimo vinho até uns 2 anos atrás. Estava bom até e - diferente de outras ocasiões em que chegamos a jogar vinho na pia - tomamos alegres a garrafa toda.
A questão é que os aromas de defumado e geléia de fruta com toque de baunilha estavam meio opacos. As esperadas especiarias simplesmente não estavam lá. No paladar, havia um desequilíbrio ácido na língua e no retrogosto. Não chegou a ser ruim, mas estava óbvio que esse vinho já foi mais equilibrado. A cor não tinha mais brilho, era um marrom meio turvo.
Destaco que foi conservado em adega climatizada, o que favorece a preservação das qualidades.
13% de álcool. VV!79.
Um ou outro vinho comum pode surpreender-nos aos 6 ou 7 anos, mas sendo a última ou única garrafa dele, por que arriscar?
Não é necessário sair abrindo os tintos nacionais, os malbecões argentinos ou os bons cabs e merlots chilenos de 2010 com urgência no ano novo.
A maioria com 3 anos está muito bem; muitos com 4 anos estão melhores; e alguns chegam aos 5 anos fazendo a felicidade do enófilo por terem sido esquecidos no fundo da adega. O vinho comum não passa muito disso.
Em qualquer parte do mundo teremos exemplares para mais fôlego. Para os melhores (e quase certamente mais caros) de cada região o céu é o limite. Alguns chegam à plena forma aos 10 anos, outros aos 20, os fora de série ...
Toco no assunto por causa de um Santa Ema Cab Sauv 2004 que abrimos ontem, em casa de meu pai. Seis anos de vida completos para um vinho na faixa dos R$35,00 foi um pouco demais.
SANTA EMA CABERNET SAUVIGNON 2004
Tenho certeza que o chileno do Maipo foi um ótimo vinho até uns 2 anos atrás. Estava bom até e - diferente de outras ocasiões em que chegamos a jogar vinho na pia - tomamos alegres a garrafa toda.
A questão é que os aromas de defumado e geléia de fruta com toque de baunilha estavam meio opacos. As esperadas especiarias simplesmente não estavam lá. No paladar, havia um desequilíbrio ácido na língua e no retrogosto. Não chegou a ser ruim, mas estava óbvio que esse vinho já foi mais equilibrado. A cor não tinha mais brilho, era um marrom meio turvo.
Destaco que foi conservado em adega climatizada, o que favorece a preservação das qualidades.
13% de álcool. VV!79.
Um ou outro vinho comum pode surpreender-nos aos 6 ou 7 anos, mas sendo a última ou única garrafa dele, por que arriscar?
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domingo, dezembro 26, 2010
Bandol
É necessário homenagear meu irmão, que proporcionou a excelente experiência de provar um Bandol.
A AOC Bandol é uma região do sul da França, ao Leste de Marseille. A Provence é conhecida pelos rosés (e logo postaremos uma degustação incrível com um rosé), mas Bandol é a região que faz bons tintos com altos percentuais de Mourvèdre.
O Château Jean-Pierre Gaussen é tratado como uma das casas tradicionais e reputadas. A adega foi construída incrustrada na pedra, mas conta com maquinário moderno. o rendimento do pequeno vinhedo de 12 hectares é de 35 hectolitros cada.
Château Jean-Pierre Gaussen Longue Garde 1999
Abrimos o vinho com pelo menos uma hora de antecedência e felizmente decantamos na hora de servir, pois havia borras. As referências on-line mostravam boas experiências com o vinho na mesma proporção de algumas garrafas de 99 já passadas.
Para nossa felicidade, este estava excelente, no ponto de ser bebido. No aroma de boa intensidade era predominante a característica animal, com alcaçuz. Muito seco em boca, os taninos predominaram, associados com uma agradável mineralidade. Só ficou devendo um pouco em harmonia e permanência, todavia é um vinho com a rusticidade esperada. Um vinho de verdade, com as peculiaridades próprias da Mouvèdre de Bandol. 13% de álcool. €15,00. VV! 89.
A AOC Bandol é uma região do sul da França, ao Leste de Marseille. A Provence é conhecida pelos rosés (e logo postaremos uma degustação incrível com um rosé), mas Bandol é a região que faz bons tintos com altos percentuais de Mourvèdre.
O Château Jean-Pierre Gaussen é tratado como uma das casas tradicionais e reputadas. A adega foi construída incrustrada na pedra, mas conta com maquinário moderno. o rendimento do pequeno vinhedo de 12 hectares é de 35 hectolitros cada.
Château Jean-Pierre Gaussen Longue Garde 1999
Abrimos o vinho com pelo menos uma hora de antecedência e felizmente decantamos na hora de servir, pois havia borras. As referências on-line mostravam boas experiências com o vinho na mesma proporção de algumas garrafas de 99 já passadas.
Para nossa felicidade, este estava excelente, no ponto de ser bebido. No aroma de boa intensidade era predominante a característica animal, com alcaçuz. Muito seco em boca, os taninos predominaram, associados com uma agradável mineralidade. Só ficou devendo um pouco em harmonia e permanência, todavia é um vinho com a rusticidade esperada. Um vinho de verdade, com as peculiaridades próprias da Mouvèdre de Bandol. 13% de álcool. €15,00. VV! 89.
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