As diferentes cepas de uva são patrimônio da humanidade e precisam ser preservardas. Isso significa manter a produção dos vinhos das diferentes variedades para que os possamos provar.
Não sou da turma ebc - "everything but chardonnay" - até porque os chablis são fantásticos e há grandes obras de arte nos EUA, mas sempre fico muito animado em provar castas diferentes.
Portugal é a referência na preservação da cultura local, mantendo alguns vinhedos antigos com as parreiras misturadas. Recentemente, tomei um branco com Arinto, Fernão Pires, Rabo de Bode e etc. Os nomes são excelentes.
Na postagem de hoje, todavia trago um espanhol e um italiano com uvas menos famosas, ambos acessíveis no preço.
MATILE PINOT GRIGIO 2008
A uva Pinot Griogio é engraçada, pois à rigor é tinta. Ela foi desenvolvida pelo cruzamento da Pinot Blanc com a Gewurztraminer e o grigio do nome no francês é gris, que significa cinza. Vinifica-se em branco pela separação imediata das cascas, já na prensagem.
A região mais tradicional da vinificação em branco é o Norte da Italia, porém o Matile é feito na Umbria. Vinho palha translúcido, apresenta aroma fesco e agradável de frutas mesclado a certo perfume. A boca é seca e fresca, com boa acidez. Aparece algum desequilíbrio alcoólico e adstringência. Nada que comprometa, contudo, a relação qualidade/preço esperada para a faixa.
Um boa forma de provar essa peculiaridade do mundo do vinho sem gastar muito. R$25,00 na Lidador Copacabana. VV!83
ARTERO MACABEO 2008
Este vinho é de La Mancha, região logo ao sul de Madrid, que tem Toledo entre suas cidades conhecidas. O popular personagem Don Quixote também comunga suas origens na região.
A uva Macabeo tem largo uso na Espanha, porém é mais conhecida pela presença nas Cavas do que como variedade de vinho tranquilo. Este Artero 2008 tinha cor dourado brilhante para mim. Aromas florais e perfumados e algum peso em boca, com leve picância no paladar. É um vinho correto que agradou em sua faixa de preço. R$30,00 na Lidador Copacabana. VV!84.
segunda-feira, maio 24, 2010
Em defesa da pluralidade
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4 comentários:
Obrigada pela visita e pela palavras que me fizeram sentir um pouco melhor. Meu coração é totalmente defensor das castas impronunciáveis, diferentes, estranhas ou esquisitas.
O vinho silenciosamente nos ensina a tolerância e a coexistência e nada melhor que praticar isso com as pessoas e com os vinhos!
Abraços.
Leonardo, como anda o bafo dessa cidade quente pra dedéu? Parece que vai fazer frio no Rio esse ano, vai morrer gente congelada a 20 graus, cuidado! rs. Quanto á sua moção pública de defesa das castas minoritárias (de uvas, não sociais, ufa), dou meu apoio. Assino aonde? Abraço. ELMO
Prezado Leonardo, boa tarde!
Segundo nosso rodízio da CBE a escolha do vinho de julho (postagem para 1º/07) cabe ao Chiquinho Badaró, do blog Vinhos e Vinhas.
Mas enviei e-mail a ele no dia 1º e até o momento não tive resposta. Ele deve estar um pouco afastado do blog.
No dia 5 enviei mensagem ao Igor Fernandes (blog DegustEno), o próximo da lista. Também não recebi resposta.
Assim, como não podemos esperar muito, peço que você faça a indicação, pois é o próximo da lista.
Caso os dois convidados anteriores se manifestem, invertemos a ordem da lista e ele indica para agosto.
Pode ser?
Aguardo sua indicação.
Abraço.
Viva a diversidade.
Viva a pluralidade.
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