domingo, dezembro 10, 2006

II Degustação Viva o Vinho!

Aproveitamos a excelente recepção que Rogério e Eleandro do Tatibana nos proporcionaram e continuamos nossa saga propondo o
DESAFIO VINHO VERDE E COZINHA ORIENTAL
para amigos do enoblog.

Republico a pesquisa sobre essa região lusitana:

DOC VINHO VERDE
A Região dos Vinhos Verdes fica ao Noroeste de Portugal, também conhecida como Entre-Douro-e-Minho devido aos rios que a limitam ao Sul e ao Norte. À Leste, uma cadeia de montanhas a separa das regiões vinícolas do Douro, do Porto e de Trás-os-Montes. Sua delimitação foi estabelecida em 1908 e a demarcação aconteceu em 1929. Possui 6 subdivisões: Monção, Lima, Basto, Braga, Amarante e Penafiel. A cultura gastronômica da região inclui pratos exuberantes com Lampreia, Galo, Caldo Verde (repolho e batata), Sardinha e Porco.

UVA E VINHO
Tradicionalmente são 3 métodos de plantio das parreiras:
- “Uveira” ou “Vinha-de-enforcado”
– Planta-se uma ou mais parreiras próximas a outras árvores e permite-se que a parreira se entrelace à árvore, enforcando-a.
- Feixes de arames entre árvores.
- Latada. Com a modernização do cultivo as melhores vinículas os substituíram pela espaldeira.
Uvas brancas: Alvarinho, Loureiro, Trajadura, Avesso, Azal-Branco, Batoca e Pedernã (Arinto).
Uvas tintas: Rabo-de-ovelha, Azal- Tinto, Borraçal e Pedral.

O vinho verde costuma ser ácido e ter graduação alcoólica entre 8º e 11º . Os tintos são muito difíceis e apreciados apenas na própria região, podendo acompanhar bacalhau e refeições mais fortes. O branco é o grande destaque combinando com mariscos, frutos-do-mar e peixes. Sua produção é feita em duas fermentações. A primeira é alcoólica e a segunda é malolática. O gás residual, que dá o efeito de agulha, é resultado da segunda fermentação incompleta. Após engarrafados devem ser tomados imediatamente, no máximo um ano após produzidos. Os Alvarinhos da região de monções agüentam mais por ter mais estrutura, álcool e corpo. Podem ser tomados com três anos de idade.

VINHO VERDE E COZINHA JAPONESA

O autor Saul Galvão já destacou que o shoyu é dificílimo para combinações, porém exigiria champagne ou espumantes ácidos. A SBAV-SP testou a combinação de vinho verde com pratos orientações e segundo Beatriz Marques do “Basílico”, que esteve na degustação da SBAV, é uma boa alternativa aos champagne em função da acidez e do preço.

REFERÊNCIAS
LAROUSSE. Larousse do Vinho.
SAUL, Galvão. Guia de Tintos e Brancos.
SANTOS, José Ivan. Vinhos: O Essencial.


LINKS
Basilico
Sapo PT
Vinho Verde - site oficial da DOC
SBAV-SP

Vamos aos Vinhos:

CASAL GARCIA
Praticamente sem cor, transparente. Considerei o aroma muito fraco. Vinho fresco e frutado. Boa sensação de agulha na boca. Os presentes o consideraram suave, apresentando limão, maçã e fósforo (algo mineral). Foi considerado o que melhor harmonizou com sushis e sashimis, inclusive por membro da confraria BaccoUbriaco presente que havia provado outros 4 Verdes em outra ocasião. 10,5% de álcool.
Minha subjetiva seria 83, mas não é demérito nenhum por R$20,00. Disponível na Distribuidora de Bebidas do Batel.

MUROS ANTIGOS ALVARINHO - 2005
Cor amarela e sem borbulhas, ao estilo Anselmo Mendes. Muito aromático, intenso. Bem frutado lembrando manga. Com o passar do tempo aparece o maracujá. Muito ácido na boca, é estimulante e sutil. Demonstra estrutura agradavelmente atípica para Verdes e amanteigado da fermentação malolática mais desenvolvida. Tem boa permanência e apresenta sabor de abacaxi maduro.
Os amigos ainda destacaram sua complexidade e encontraram aromas de guaraná, erva-doce e lavanda. Discordando de mim, houve quem considerou sem graça no palato. 13% de álcool.
Minha subjetiva: 87. R$86,00 no Boulevard.

3 comentários:

João Barbosa disse...
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João Barbosa disse...

Se me permite, o Verde Tinto é imbebível! Aliás, só mesmo bebível por simpatia regional ou por regionalismo militante. Como português tentei convencer-me de que o Verde Tinto era vinho, mas depois convenci-me que é apenas beberagem ou uma curiosidade.
A propósito de curiosidade: apesar dos brancos serem a imagem dos Vinhos Verdes, em Portugal e no mundo, a maioria dos encepamentos na é de tintos, sendo que a produção do Verde Tinto se destina, sobretudo, ao mercado local.

Anônimo disse...

Demais... ahahah...
eu procurando meios de plantar parreiras e achei de primeira o seu blog....
ahahahhaha... muita coincidência... acho que temos mais uma coisa em comum...
Saudades dos bons papos...
beijão na alma,

chita