domingo, agosto 31, 2008

Châteauneuf-du-Pape

Em sua reunião de número #126, a regularíssima confraria Bacco Ubriaco degustou Châteaunuef-du-Pape.
Provamos 3 desses vinhos feitos ao sul do Rhône em que se usam muitas uvas, mas podemos destacar Mourvèdre, Cinsault, Grenache e Syrah.

CHÂTEAU LA NERTHE 2004
Vinho delicado, denotando corpo sutil. Aroma de rosas, fruta fresca e cereja. Também é doce, licor. Confirma corpo leve, tanino redondo. Meio rápido, mas agradável. Álcool 13,5%. R$198,00. WS 91. BU 89. VV! 88.

LES CÈDRES 2005
Cor um pouco mais acastanhada. Aroma lembrando fruta confeitada, baunilha. Mais amadeirado que o primeiro, puxou algo químico, como cera. Também doce e licoroso, mas com uma acidez já no aroma. Na boca confirma químico, bom corpo, taninos ainda vivos e algum calor. Álcool 14,5%. R$157,00. WS 89. BU 88,25. VV! 88.

CHÂTEAU DE LA GARDINE 2004
Aroma defumado, de intensidade um pouco menor. Compota de fruta, doce, cera e algo vegetal. Boca bem seca, algo cremosa a compota de fruta. Álcool 14%. R$164,00. WS 87. BU 89,37. VV! 86.

domingo, agosto 24, 2008

Rio Sol 2004

Este vinho é feito no Vale do São Francisco por uma joint venture entre Expand e Dão Sul. Apesar de anunciarem a Medalha de Ouro no II Concurso Internacional de Vinhos do Brasil e a Medalha de Bronze no Decanter World Wine Awards para a safra 2005, o 2004 não é isso tudo.
Corte de Syrah com Cabernet Sauvignon. Vinho escuro, de aparência adequada, mas com pequeno alo. Aparenta leveza.
Aroma de acetona ou verniz predominando. Em boca, falta corpo e apresenta químico.
Vinho rápido, contudo não de todo ruim. Quando no nariz me fazia pensar se não fui rigoroso demais, todavia em boca chegava a pensar se não merecia uma nota menor ainda. VV!80. R$21,00 no Wall-Mart.

Bouza Tannat 2005

Vamos a um tannat uruguayo.
Cor vermelha. Aromas iniciam com tabaco e chocolate. Bem doce, bem chocolate. Frutas vermelhas, ameixas e cerejas. "Berries" e mais "berries". Mostra com o tempo especiarias.
Ataque tânico e de especiarias na boca. Confirma o doce e lembra iogurte de frutas vermelhas. Na experiência em boca o doce some e vai ficando o tanino. 14,5% de álcool. VV!86. R$46,00 na Enoteca Decanter Curitiba.

Miolo Brut

Entre os muitos vinhos degustados recentemente, este foi um caso diferente.
Abrimos no meio de semana uma garrafa da Miolo Brut e logo veio a decepção, estava choca. O espumtante não tinha borbulha nenhuma e o sabor era estranho.
Estava preocupado com a compra desde o início. Queria tomar a Miolo, em especial, por causa do uso do Método Tradicional de segunda fermentação, mas na garrafa dizia que a expedição era de 2006. Fiquei na dúvida na prateleira do Angeloni Água Verde e acabei comprando mesmo assim. O ideal era que a expedição fosse ao menos de 2007.
Tal referência encontra-se na parte de trás do invólucro da Miolo e vale o elogio à vinícola em informar. Não quer dizer que o espumante é da safra de 2006, pois muitas vezes o licor de tiragem é feito de misturas de safras. Quer dizer apenas que o licor de expedição foi adicionado naquele ano. (Para diferença entre licor de tiragem e licor de expedição, clique aqui.)
Uma vez provada e constatado o problema, decidi voltar ao Angeloni no dia seguinte para trocá-la. A rolha do espumante não volta mais à garrafa nem para quebrar o galho e estou sem rolhas comuns em casa. Não foi fácil acomodar a garrafa no carro com uma tampa que não vedava. Enfim, consegui chegar no mercado sem derramar no estofamento. O atendimento foi bom e como levei a garrafa sem consumir muito de seu conteúdo foi simples a troca.
O problema era saber se arriscava outra Miolo. Perguntei ao pessoal do Angeloni, dos poucos mercados de Curitiba que mantém funcionário exclusivo de vinho na loja, se eles não achavam que todas as garrafas de 2006 estavam estragadas e eles disseram ser a primeira vez que houve devolução.
Acabei pegando outra para tentar neste final-de-semana porque eu também queria tirar a dúvida. A sensação final ainda é de interrogações. Esta última garrafa estava íntegra, mas o que encontrei nela não era o que esperava. Tenho em boa conta a Miolo Brut e acabei um pouco decepcionado com esta prova. Será que essa, mesmo estando adequada ao consumo, já não está meio passada? Só provando outra com tiragem mais recente para comprovar.
DICA: Notei que muitos espumantes nacionais trazem em algum lugar o número do lote. Pelo que percebi quando começa com L07 significa um lote de 2007. Já tem L08 no mercado. Atente para este detalhe em suas compras futuras.

A avaliação da segunda garrafa de Miolo Brut, ainda que sob suspeita:

MIOLO BRUT
Expedição 2006. Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos. A Miolo informa também que o espumante passa 18 meses nas caves entre tiragem e expedição. Uvas Chardonnay e Pinot Noir.
Cor palha. Bolhas bem finas, mas não tão abundantes. Aroma frutado e de pão. Boca bem ácida, lembrando frutas cristalizadas e pão. Espumante agradável, mas fica faltando algo. Esperava mais maciez e complexidade, esta última exatamente pelo uso do método tradicional (champenoise). Acabou perdendo pontos em Aspecto, Intensidade Aromática e Complexidade. 12% de álcool. VV!82. Caros R$29,90 no Angeloni Água Verde.

sábado, agosto 23, 2008

Decanter Wine Show 2008

O Decanter Wine Show 2008 em Curitiba foi incrível. A importadora realizou o melhor evento enológico que a cidade já sediou. Foram mais de 300 rótulos de 51 produtores. Grande parte do melhor que a importadora tem a ofecer estava em Curitiba. Na maioria absoluta dos stands o proprietário da vinícola estava servindo os vinhos sempre com sorrisos e simpatia. O ambiente do Buffet du Batel foi adequado e a mesa de comidinhas era ótima.
Óbvio que não provei tudo. Humanamente impossível em uma noite só passeando entre os stands. Ainda bem que, como eu, muitos dos amigos presentes optaram pelo táxi porque não houve quem estivesse cem por cento são no final das provas. Vi poucos cuspindo, o que garantiria a sobriedade por mais tempo, contudo quase ninguém quis deixar de sorver até o fim vinhos que chegavam aos R$900,00.
Eis um mérito extra para a Importadora Decanter. Em alguns eventos vemos que os caros não estão disponíveis para todos. Com a Decanter foi tudo em cima da mesa. Nunca dei muita importância para isso particularmente, todavia o efeito com o público foi excelente.
Gostaria de ter variado mais e provado muitos vinhos de locais diferentes, mas me concentrei em Itália e França e nos vinhos mais indicados nos sites especializados. Não busquei observar custo-benefício, mas sim aproveitar para provar o que a importadora tem de melhor.
Degustei 46 vinhos. Com excessão de 2 ou 3 que não me agradaram, o restante era de muito bom a excelente. Neste momento, numa decisão muito difícil, tento selecionar um para ser a minha escolha pessoal entre os 46. Poderia citar o Ornato com WS 94, o Montus Cuvée Prestige com WS 93, o Cuvée Generations WS 94 (que me impressionou muito), Les Ruchets WS 92, Caprili Riserva WS 92, o Gevrey Chambertin ou o Schild Estate Shiraz 2005, ao qual sou fissurado e tem WS 93. De acordo com o gosto pessoal, qualquer um desses e até alguns outros não citados poderiam ser o campeão de um dos presentes.
Olho para essa relação muito especial diversas vezes e sinto-me mais uma vez afortunado por ter degustados tantos tops numa única noite. Mesmo lendo e relendo minhas anotações (e como é bom relembrar) fecho com o "supertoscano" do San Fabiano Calcinaia: Cerviolo IGT 2001, com "apenas" 91 pontos na Wine Spectator. Alguns dos provados tem o elemento tempo para agir ainda, mas o critério que usei é bem direto: o vinho que mais me agradou e que me surpreendeu naquele momento.

Para não citar todos os bebidos, coloco abaixo uma relação concisa do que foi degustado no Decanter Wine Show:

ALAIN BRUMONT
Château Montus Cuvée Prestige 2001 - R$359,00
CAPRILI
Brunello de Montalcino Riserva 2001 - R$339,30
CHÂTEAU DE LA GARDINE
Didática a degustação dos excelentes Châteauneuf-du-Pape 2002 e 2006 brancos (R$168,80). Ficou clara a evolução em garrafa do 2002.
Châteauneuf-du-Pape Cuvée des Gênérations 1998 - R$579,50
CHÂTEAU SAINT-ROCH
Lirac 2006 Rose - R$66,80
DOMAINE PIERRE LABET - CHÂTEAU DE LA TOUR
Puligny-Montrachet 1er Cru Champs Gains 2005 - R$442,80
Clos-Vougeot Grand Crus 2005 - R$908,50
Gevrey Chambertin 1er Cru Fonteny 2005 - R$471,50
DOMIMGOS ALVES DE SOUZA
Quinta da Gaivosa Douro 2003 - R$193,10
Quinta da Gaivosa Vinha de Lordelo Douro 2005 - R$339,20
Porto Quinta da Gaivosa LBV 1999 - R$149,50
JEAN-LUC COLOMBO
Crozes-Hermitage Les Graviéres 2005 - R$155,00
Côte-Rôtie La Divine 2004 - R$483,00
Cornas Les Ruchets 2004 - R$609,50
Muscat de Rivesaltes Les Saintes 2003 - R$98,90
PIO CESARE
Chardonnay Piodilei Langhe 2006 - R$202,40
Barbera d´Alba Fides 2004 - R$209,95
Barolo Ornato 2003 - R$413,50
SAN FABIANO CACINAIA
Cerviolo Toscana IGT 2001 - R$236,30
SCHILD ESTATE
Shiraz 2005 - R$120,70

segunda-feira, agosto 04, 2008

Dois Brancos Franceses

Dia 29/07 provamos dois vinhos franceses na Enoteca Decanter Curitiba. Fazia um calorzinho atípico (um inverno atípico, como os anteriores) naquela terça-feira e a opção por brancos foi natural. Queria provar um Chablis para comparar com os californianos da degustação anterior da Bacco Ubriaco. Chablis é uma denominação da Borgonha em que o destaque é a Chardonnay, aliás é muito provável que a qualidade dos brancos feitos em Chablis é que notabilizaram a Chardonnay. Eles são historicamente o parâmetro de comparação para os demais.
O segundo vinho é um Pinot Blanc da Alsacia. Optamos por um vinho exótico. A região é mais conhecida por seus Gewurz super-aromáticos e Rieslings, mas a curiosidade foi mais forte e trouxe uma nova experiência.

ALAIN GEOFFROY CHABLIS 2005
Appelation Chablis Contrôlée. Bem claro, dourado. Fresco, boa acidez já evidente no olfato. Aromas de frutas tropicais frescas, como maracujá e abacaxi, mas muito delicado. Floral bem marcado denotando a complexidade. Palato suave, gostoso. A acidez toma toda a boca com delicadeza. Maracujá mais evidente ao paladar e sabor de manteiga, mas sem a untuosidade. Final excelente. Harmonioso. 12,5% de álcool. VV!90.
PS: Chamou a atenção a característica de ter sabor amanteigado, mas sem aquele peso que sempre encontramos, a untuosidade. Isso põe muitas exclamações nesse vinho, um dos melhores brancos que já provei. Só ficou devendo aquele "lingering" (seria agulha em português?) que é tão evidente e gostoso nos californianos. São estilos diferentes. Este Chablis mostrou-se com mais classe.

BLANCK PINOT BLANC D´ALSACE 2006
Paul Blanck. Appelation Alsace Contrôlée. Cor estranha, amarelado palha com tons cinzas. Experiência completamente diferente. Ficamos procurando descritores para o vinho. Chegou a lembrar uva e ponto, mas fomos buscar. Lembrou bem aveia, depois observamos fermento, sabugo de milho, algo herbáceo, frutas e um defumadinho. Nariz intenso, coisas da Alsace. Boca com certa untuosidade, apresentou especiarias e acidez agradável. Final adequado. Este vinho tem um ataque que impressiona. 12,5% de álcool. VV!87.
PS: Fiz uma pesquisa para pautar a experiência. Os descritores mais comuns para Pinot Blanc são flores, pêra, maçã e manga. Os melhores apresentam cremosidade. Os da Paul Blanck possuem melão e terra.

Dois anos de Viva o Vinho!

Semana passada foram 11 vinhos degustados e nenhum veio para o blog ainda. Aliás, o Viva o Vinho! completou dois anos de postagens em Julho e deixei passar batido. São mais de 17000 visitantes individuais (quase 23000 cliques). A quantidade de visitas está acelerada e a cada semana sobe a média de visitação auferida pelo contador da Bravenet. Um mês atrás eram 40 visitas por dia em média. A média da semana atual já está em 50 por dia. Se em Junho e Julho foi algo próximo de 1200 leitores mês, Agosto projeta 1500.
Quero agradecer a todos pela visita, aos amigos e parentes por cobrarem quando fico um tempinho sem postar e, em especial, aos frequentadores costumazes. Tem uma turma que volta-e-meia passa por aqui. Atualmente são 8 leitores por dia que já conhecem o blog e voltam para dar uma espiadinha. Muito obrigado por adicionarem o Viva o Vinho! aos "favoritos" de vocês.
Aproveito para estimular a navegação por outros enoblogs do menu ao lado, que já formam verdadeira comunidade de apreciadores de vinhos on-line e até promovem degutações virtuais com a Confraria Brasileira de Enoblogs.

Enoteca Decanter Curitiba

Chegou em Curitiba a loja da Importadora Decanter.
Os vinhos da Decanter não são novidade para nós, mas ficamos muito satisfeitos com mais uma boa opção enológica na cidade.
Inaugurada em Julho, a Enoteca Decanter Curitiba tem ambiente agradável, vinhos bem dispostos e o portfolio da importadora está bem representado, além de oferecer vinhos nacionais. Já testamos a área para degustação e fomos muito bem recebidos com a Confraria Velha Vinífera. A Bacco Ubriaco marcou evento para conhecer o novo espaço também.
Endereço: Av Visconde de Guarapuava, 5154 - Batel. Fone: 3039-2333.

Decanter Wine Show - Última Chamada

Aos amantes do vinho de Curitiba, última chamada. Nesta Quinta-Feira, 07/08, no Buffet du Batel será a vez dos curitibanos provarem os vinhos da importadora.
Os convites estão sendo vendidos por R$150,00 apenas antecipadamente na Enoteca Decanter. O endereço da loja é Visconde de Guarapuava, 5154 - Batel. Fone 3039-2333.
O evento acontece também no Rio de Janeiro, em São Paulo e Belo Horizonte. Aguardo os comentários do Le Vin Au Blog sobre o evento que acontece hoje no Rio.

domingo, agosto 03, 2008

As provas no Queijos e Vinhos 2008 do Angeloni

Encontrei minhas anotações!!!!! Sabia que estavam aqui em algum lugar. Enquanto me preparo para mais uma maratona de vinhos no DECANTER WINE SHOW repasso os 21 que provei na Feira de Queijos e Vinhos 2008 do Supermercado Angeloni (ver postagem anterior).
Todos eram vinhos simples e de preço relativamente menor, mas alguns se destacam pela relação mais honesta de custo-benefício. Não estão em ordem de preferência:

Honestos:
- Salton Brut
Boca suave, boa acidez. Simples, mas honesto. R$18,90.
- Quinta de Santa Eufêmia Fine Ruby
Aroma frutado, algum álcool e leve citricidade. Boca alcoólica, mas sem grandes incômodos. Simples. R$29,90.
- Aurora Colheita Tardia 2008
Malvasia Bianca/Semillon. Floral, frutas cristalizadas, perfume de panetone e mel. Boca agradável, melhor que em safras anteriores. R$11,90.
- Reserva Miolo Cabernet Sauvignon 2006
Ruby com brilho. Aroma de fruta. Acidez excessiva no paladar. Razoável, compatível com o preço: R$22,90.


Dois vinhos que comprei para tirar a prova em casa:
- Marqués de Turia Bobal 2006
Vinho sem corpo algum, mas sem outros defeitos. Fiquei cismado e tomarei de novo. Se for bom, valerá pelo preço. R$12,90.
- Fusta Nova Moscatel
D. O. Valencia. Aroma intenso, mel, laranja, frutado, floral, algum herbáceo. Boca doce, mel, chocolate branco, muito doce! Remédio, xarope. A intensidade impressiona, tem complexidade, mas penso que talvez a qualidade não seja lá muito boa. Tomarei de novo para tirar dúvidas. R$22,90.

Demais vinhos provados:
- Fortaleza do Seival Tempranillo 2007. Bem mais ou menos.
- Charles de Monterrey 2005. Appellation Bordeux Contrôlée. Frutado, simples, fechado, papelão.
- Salton Classic Tannat 2007. Escuro, bordô. Aroma simples, alguma especiaria. Boca simples, seca.
- Porto Vinzelo Tawny
- Chauderoche 2006. Maison Mallard-Gaulin. Appellation Côtes du Rhône Contrôlée. Aroma de fruta madura, madeira. Cor violácea clara. Não é de todo ruim. Algum amargor, tanino vivo. R$26,90.
- Miolo Seleção 2006. Aromas frutados, framboesa, bom. Em boca é mais ou menos.
- Saurus Cabernet Sauvignon 2005 Patagonia Select. Incrível como os Saurus não me agradam mesmo. Desequilíbrio é a marca da vinícola. R$54,00
- La Hacienda 2004. Vinícola Aurora no Uruguay.
- Verdicchio Di Matelica Soldo 2005. Vinagre de maçã. Fresco, só. R$15,90.
- Santa Ana Cabernet Sauvignon 2007. Bordo violáceo atípico. Aroma defeituoso, incomoda.
- Viña Maipo Shiraz Reserva 2006. R$27,90.
- Salton Classic Tannat. Aguado. R$11,90.
- Castell Chombert Cabernet/Merlot. Doce, vinho de mesa (no sentido ruim da palavra). R$9,79.
- Phebus Malbec 2005. Insite em não me agradar.
- Fostaleza do Seival Tannat 2006. Ao que indicam os provados, a linha não agrada.

Vinhos do Angeloni

Encontrei minhas anotações!!!!! Sabia que estavam aqui em algum lugar. Enquanto me preparo para mais uma maratona de vinhos no DECANTER WINE SHOW repasso o que provei na Feira de Queijos e Vinhos 2008 do Supermercado Angeloni (ver postagem anterior).
Todos eram vinhos simples e de preço relativamente menor, mas alguns se destacam pela relação mais honesta de custo-benefício. Não estão em ordem de preferência:

Honestos:
- Salton Brut
Boca suave, boa acidez. Simples, mas honesto. R$18,90.
- Quinta de Santa Eufêmia Fine Ruby
Aroma frutado, algum álcool e leve citricidade. Boca alcoólica, mas sem grandes incômodos. Simples. R$29,90.
- Aurora Colheita Tardia 2008
Malvasia Bianca/Semillon. Floral, frutas cristalizadas, perfume de panetone e mel. Boca agradável, melhor que em safras anteriores. R$11,90.
- Reserva Miolo Cabernet Sauvignon 2006
Ruby com brilho. Aroma de fruta. Acidez excessiva no paladar. Razoável, compatível com o preço: R$22,90.

Dois vinhos que comprei para tirar a prova em casa:
- Marqués de Turia Bobal 2006
Vinho sem corpo algum, mas também sem muitos defeitos. Fiquei cismado e tomarei de novo. Se for bom, valerá pelo preço. R$12,90.
- Fusta Nova Moscatel
D. O. Valencia. Aroma intenso, mel, laranja, frutado, floral, algum herbáceo. Boca doce, mel, chocolate branco, muito doce! Remédio, xarope. A intensidade impressiona, tem complexidade, mas penso que talvez a qualidade não seja lá muito boa. Tomarei de novo para tirar dúvidas. R$22,90.

Demais vinhos provados:
- Fortaleza do Seival Tempranillo 2007. Bem mais ou menos.
- Charle de Monterrey 2005. Apelacion Bordeux Controllée. Frutado, simples, fechado, papelão.
- Salton Classic Tannat 2007. Escuro, bordô. Aroma simples, alguma especiaria. Boca simples, seca.
- Porto Vinzelo Tawny
- Chauderoche 2006. Maison Mallard-Gaulin. Apellacion Côtes du Rhône Controllée. Aroma de fruta madura, madeira. Cor violácea clara. Não é de todo ruim. Algum amargor, tanino vivo. R$26,90.
- Miolo Seleção 2006. Aromas frutados, framboesa, bom. Em boca é mais ou menos.
- Saurus Cabernet Sauvignon 2005 Patagonia Select. Incrível como os Saurus não me agradam mesmo. Desequilíbrio é a marca da vinícola. R$54,00
- La Hacienda 2004. Vinícola Aurora no Uruguay. Vinho ruim.
- Verdicchio Di Matelica Soldo 2005. Vinagre de maçã. Fresco, só. R$15,90.
- Santa Ana Cabernet Sauvignon 2007. Bordo violáceo atípico. Aroma defeituoso, incomoda.
- Viña Maipo Shiraz Reserva 2006. R$27,90.
- Salton Classic Tannat. Aguado. R$11,90.
- Castell Chombert Cabernet/Merlot. Doce, vinho de mesa (no sentido ruim da palavra). R$9,79.
- Phebus Malbec 2005. Insite em não me agradar.
- Fortaleza do Seival Tannat 2006. Ao que indicam os provados, a linha não agrada.