Ontem realizamos a degustação 112 da Confraria Bacco Ubriaco na Expand Winestore Curitiba. Agradecemos muito ao Rafael, um de nossos padrinhos, e a todo o time da casa por nos receber sempre muito bem.
Confrades enviados especialmente ao Chile trouxeram na bagagem vinhos especialmente selecionados para nossa degustação de abertura de 2008. O Sauvignon blanc não me agradou tanto. Já os tintos eram ótimos. Infelizmente esses vinhos não estão disponíveis no Brasil. Será que terei de ir até lá buscar uma caixa de Epo e uma garrafa de Almaviva?
Veramonte Reserva 2007
Este Sauvignon Blanc foi feito em Casablanca, a oeste de Santiago, 70 km em direção a Viña del Mar. Cor palha bem clarinho. Aroma suave e gostoso. Para mim herbáceo, lichia e leve citricidade. Tinha ataque meio excessivo à boca, onde perdeu pontos. Nota VV! 83, WS 87. Custou lá US$ 7,00.
Epo 2000
Epo significa, na linguagem nativa, segundo. Este é o segundo vinho da Almaviva, joint venture entre Rotschild e Concha y Toro. Almaviva é um dos grandes vinhos chilenos e seu irmãozinho não deixa dúvidas de sua estirpe. É feito em Maypo (cercanias de Santiago) das uvas Cabernet Sauvignon, Carménère e Cabernet Franc. No futuro terá também Merlot no corte. É o mesmo assemblage do Almaviva, porém o enólogo observa as porções de vinhos que não são propícios para guarda, afim de compor o Epo. Na verdade, o Epo fica pronto antes que seu par mais vigoroso, que alguns afirmam poder envelhecer até 25 anos nas melhores safras.
A política de comercialização é de vendê-lo apenas no Chile. Na vinícola sai em torno de US$15,00!!!!!!!!!!! No centro de Santiago pode ser encontrado a US$30,00.
Apresentou belíssima cor. Brilhante, límpido, já aparecia pequeno alo aquoso. Aromas de café e alcaçuz no início. Muito delicado. O químico do alcaçuz evolui para castanhas e flores. Boca desde o início revelou castanhas. Belos taninos marcantes. Já está pronto, mas ainda pode envelhecer mais alguns aninhos.
O vinho esteve constante pela hora e meia que me acompanhou em taça. Modifica-se com sutileza e mantém suas principais qualidades: Delicadeza e elegância. 14% de álcool. Nota VV! 90.
Coyam 2005
Produzido pela Emiliana em Colchagua é um blend de várias uvas: Syrah, Carmenére, Cab. Sauv., Merlot e Petit Verdot. Segue os conceitos orgânicos de produção.
Cor escura, leve toque violáceo. Aroma fechado o tempo todo. Ameixa preta e químico. Bom corpo, pesado à boca. Taninos vivos e adocicados. Melhor se bebido daqui uns três anos pelo menos. 14,5% de álcool . Nota VV! 88, WS 90. US$18,00.
Elegance 2004
A vinícola Haras de Pirque no início estava no ramo apenas da montaria. Nos anos 90 interessou-se pelas videiras e pela viticultura, passando a produzir vinhos considerados tops chilenos no Maypo.
Este puro Cab. Sauv. tem cor ruby brilhante. Belo aroma com cerejas. Boca mineral com taninos ainda aprisionados. Muuuuuito longo. Nota VV! 89, Tapia (autor do Guia Descorchados) concedeu-lhe 95!? 14,5% de álcool. US$35,00.
Enquanto blogava...
Bloguei bebericando um Periquita 2004 produzido em Terras do Sado, Setúbal, por José Maria da Fonseca com as uvas Castelão, Trincadeira e Aragonês. Um pouco opaco na cor, não apresentou as características que esperava. Nos anos 90 o Periquita era o vinho do dia-a-dia em minha casa. A José Maria Fonseca optou por mudar o estilo para um vinho mais moderno e bem frutado. Deixou a garrafa bojuda de lado e ganhou aromas de azedinho-doce e morangos frescos. Ficou fácil de beber, mas para mim o antigo era melhor.
Este 2004 nem o frutadinho fácil ofereceu. Aromas não me disseram muito e boca razoável, bem seca. Sem defeitos ou grandes qualidades. Como estava só, abri uma 1/2 garrafa (350ml), mas não acredito que isso faça tanta diferença nas características do vinho. Minha nota subjetiva: 80.
quarta-feira, janeiro 30, 2008
Direto do Chile
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2 comentários:
Olá,
O vinho do mês da confraria de enoblogs é o ALAMOS PINOT NOIR 2006, para postagem dos comentário dia 1 de março.
Abraço e felizes degustações,
Gabriel
PS: Talvez Coyam e Elegance não foram tão bem por serem muito novos. Safras 2004 e 2005 degustados em janeiro de 2008. Beber safras mais antigas ou guardá-los pode tornar a experiência muito melhor. São vinhos que vão bem com mais de 5 ou 6 anos.
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