quinta-feira, julho 31, 2008

Pizzato Concentus 2004

PARA A CONFRARIA BRASILEIRA DE ENOBLOGS

Realmente, após a degustação às cegas de vinhos nacionais (relembre) e depois de provar mais uma vez este Pizzato, não posso concordar com as notas dos poucos vinhos brasileiros provados pelas grandes publicações internacionais (veja).
Podemos questionar o preço do vinho nacional na comparação com similares da Argentina e do Chile. Justifica-se porque as características ambientais do Vale dos Vinhedos e das novas zonas de altitude (Santa Catarina particularmente) exigem mais custos para se conseguir um vinho melhor, mas para o consumidor vale mesmo é quanto se paga pelo que se obtém de prazer. A aposta do momento é a região de Santana do Livramento e toda a área de fronteira com o Uruguay, de fato uma latitude mais condizente com as regiões que produzem vinho de qualidade ao redor do mundo. Veremos.
O que importa agora é afirmar que já se faz vinho bom no Brasil. A safra 2004 foi muito boa. A 2005 melhor ainda. 2006 e 2007 um pouco inferiores. Há grande expectativa com 2008, com a empolgação rondando os vinhedos do Rio Grande do Sul.
Temos aqui um ótimo exemplo da safra 2004. Já havia provado em viagem ao Rio Grande do Sul ano passado e foi um dos vinhos que me agradou. A nova prova confirmou a boa impressão.

PIZZATO CONCENTUS 2004

Bem escuro, com leve toque violáceo. Meio rosado no alo.
Boa intensidade aromática, com frutas, geléia e boa passagem por madeira. Gostei do nariz. Boca de taninos agradáveis, bom corpo e frescor, mas excesso de acidez (típico do Vale). Um nacional que agrada com preço médio. 13% de álcool.R$39,90 no Celeiro Municipal (Mercado Municipal de Curitiba). VV!85.

Um comentário:

Colheita de Vinhos disse...

Olá Leonardo, não achei o vinho, também cheguei a escrever para a Pizzato, mas os 2 lugares que eles indicaram não tinha o vinho.
Achei o pizzato concentus 2002, o qual provei e gostei, com aromas a especiarias e não mais evidentes, um pouco de madeira, tons atijolados, taninos ainda vivos.

Abraços,

Guilherme